19/04/2021 11:33 | NOTÍCIAS
Ter uma família próxima e presente no dia a dia é um ponto importante no processo de acompanhamento de uma pessoa com autismo, principalmente, nesse período da pandemia da Covid-19, em que o isolamento social trouxe à tona a necessidade de uma maior participação dos pais na rotina dos filhos.
Segundo a psicóloga Cinthya Bai (CRP/RN 17-3258), é preciso que seja feita toda uma readequação por parte da família e cuidadores para que o filho ou a filha com autismo possa ser acolhido e auxiliado.
“Com esse momento de pandemia que estamos passando, o isolamento social é uma das dificuldades enfrentadas pelos pais. Então, para ajudá-los durante esse período, é sugerido que eles incorporem novos hábitos, como a produção de agendas visuais, espaços relaxantes, sugerir que as crianças realizem alguns desenhos em que possam expressar seus sentimentos, além de atividades de leitura, entre outras, para estimular seus filhos ao longo das rotinas diárias”, explicou a psicóloga.
Outro ponto abordado pela profissional é o impacto positivo da participação da família no tratamento da pessoa com autismo. “Essa participação familiar se faz tanto no acompanhamento psicológico, quanto na condução das intervenções propostas pelos profissionais que o acompanham. Vale ressaltar que é importante que haja diálogo entre pais e filhos, servindo assim de aprimoramento para melhorar as habilidades da criança ou do adolescente autista”, ressaltou.
Ainda segundo Cinthya Bai, em casos de pais separados, é preciso a compreensão e cooperação de ambos para que o filho com autismo não sofra. “Lamentavelmente é comum a separação de alguns casais nesse contexto, devido às dificuldades enfrentadas durante o percurso com os tratamentos e à disposição em relação ao autismo. Contudo, é preciso compreender que esse filho necessita do apoio de ambos, mesmo que estejam separados enquanto casal”, concluiu a psicóloga.